quinta-feira, 17 de abril de 2008

Amor Bandido



Amor bandido
Roubou-me inteira.
Sou refém dos meus próprios desejos.
O cativeiro é qualquer lugar.
As algemas estão cada vez mais apertadas.
Já cortam a carne.
Apareceu na penumbra...
Sorrateiro, seguro.
Sutil, mas firme.
Avassalador, intenso.
Insano, perturbador.
Único.
Um tiro certeiro.
Ele tem nome.
Tem vulgo.
Face, cheiro, sabor...
Ele sabe ser cruel, impiedoso.
Na verdade é só mais um solitário.
Incompreendido até por ele mesmo.
Prisioneiro das próprias escolhas.
Um homem que intimida.
Apenas um garoto.
Sempre armado.
Mesmo que seja o espírito.
Fez com que eu vestisse minha armadura.
Meu Deus! Como ela pesa!
E quem diria...
Nessa história, o bandido também virou refém.
Não pode fugir.
Não quer fugir...
E assim, nos tornamos parceiros.
Cúmplices...